A Produção Cultural no Brasil | Curso com Inti Queiroz

producao cultural inti

A PRODUÇÃO CULTURAL NO BRASIL
curso com INTI QUEIROZ

O curso trará um amplo panorama sobre a esfera das políticas culturais, abordando os processos históricos, as leis, programas de cultura e reflexões.

Público-alvo: Pesquisadores, artistas, produtores culturais, jornalistas e demais interessados que buscam iniciar seus estudos sobre produção cultural

Data: 7 e 14 de abril/ 2016
Período: Quintas, 19h – 22h30
Duração: 2 encontros
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

Vagas limitadas! Garanta já a sua:
atelierpaulista@gmail.com


Programa

♦ Primórdios das políticas públicas de cultura no Brasil: da chegada da família real, o Estado-novo e a ditadura política dos anos 60;
♦  Redemocratização política dos anos 80 e a implantação das leis de incentivo à cultura no Brasil;
♦ A história do Ministério da Cultura;
♦ A Lei Sarney e a conjuntura da redemocratização;
♦ A Lei Rouanet nos governos FHC, Lula e período atual;
♦ Perspectivas para a implantação da nova lei de incentivo á cultura federal – Procultura
♦ A história das leis de incentivo à cultura em São Paulo;
♦ Programas de cultura SP: estadual e municipal (Proac, Organizações Sociais, VAI, Promac e programas de formação);
♦ Leis e programas federais de cultura: panorama atual de possibilidades de uso;
♦ Cultura Viva e os Pontos de Cultura como alternativa sustentável;
♦ Sistema Nacional de Cultura e Plano Nacional de Cultura;
♦ Sistemas Estaduais e Municipais de Cultura;
♦ Conselho Nacional de Políticas Culturais e Fundos Setoriais de Cultura
♦ Mapas de Cultura (SNIIC e SP Cultura);
♦ Reflexões sobre a esfera político-cultural atual e aplicação na gestão de políticas públicas de cultura.


INTI QUEIROZ
Produtora cultural, bacharel em Linguística e Língua Portuguesa. Doutoranda e mestre em Filologia e língua portuguesa pela FFLCH – USP. Atualmente desenvolve uma pesquisa de doutorado sobre a nova arquitetônica da esfera político-cultural brasileira a partir do Sistema Nacional de Cultura. Desde 2002 é gestora de projetos culturais de diversos tamanhos nas áreas de teatro, audiovisual, artes visuais, patrimônio histórico e música.  Produz dois eventos paulistas de música instrumental, o Festival PIB – Produto Instrumental Bruto e o Festival Expresso Jazz SP.

Formas Breves: Joyce e Borges | Curso com José Miguel Wisnik

curso com josé miguel wisnik

FORMAS BREVES: JOYCE E BORGES
curso com JOSÉ MIGUEL WISNIK

O curso tem como ponto de partida a ideia de Ricardo Piglia de que “um conto sempre conta duas histórias”, uma visível e outra secreta. A história oculta, e o modo como ela se deixa entrever, combinando “duas lógicas antagônicas” numa mesma “máquina narrativa”, seria a chave formal do gênero, com todas as suas variantes e as diferentes estratégias autorais. A narrativa breve converte-se, através desse jogo, numa forma de “iluminação profana”, que Piglia define com palavras de Rimbaud: “A visão instantânea que nos faz descobrir o desconhecido, não numa remota terra incognita, mas no próprio coração do imediato”.

No percurso, experimentamos a proposta de Ricardo Piglia como estímulo provocador para a leitura de contos de James Joyce (Os dublinenses) e de Jorge Luis Borges (em especial, Ficções e O aleph). Em alguns momentos, contrapontos desses escritores do século XX com dois grandes contistas do XIX, Tchecov e Machado de Assis, poderão ser benvindos.

Texto de referência:
Ricardo Piglia, Formas breves (Companhia das Letras,2004).

Cronograma:
Março 29
Abril 5, 12
Maio 3, 10, 17, 24, 31
Junho 7, 14, 21, 28

Datas: Terças, 29 de março a 28 de junho/ 2016
Horário: 20h30 às 22h30
Duração: 12 encontros
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

Vagas limitadas! Garanta já a sua:
atelierpaulista@gmail.com

Crítica e Clínica em Deleuze | Curso com Peter Pál Pelbart

curso peter pal pelbart 2016

CRÍTICA E CLÍNICA EM DELEUZE:
FILOSOFIA/ LITERATURA/ CLÍNICA/ POLÍTICA

curso com PETER PÁL PELBART

Deleuze diz coisas raras a respeito da literatura. “Como tornar-se o nômade e o imigrado e o cigano de sua própria língua?” O escritor, insiste Deleuze, escreve “para” os analfabetos, os acéfalos, mesmo para os animais (!) Se ele parece frágil, é por deixar-se atravessar por uma vida “intensa” demais – ele “viu” e “ouviu” coisas excessivamente fortes que o deixam esgotado, mas que lhe dão “devires que uma gorda saúde dominante tornaria impossíveis.” Como se vê, a literatura é uma questão de vida, não de morte, de pensamento, não de cultura. “Encontrar os pontos de não-cultura e de subdesenvovimento, as zonas linguísticas de terceiro mundo por onde uma língua escapa, um animal se introduz, um agenciamento se ramifica. Quantos estilos, ou gêneros, ou movimentos literários, mesmo bem pequenos, só têm um sonho: preencher uma função maior da linguagem, fazer ofertas de serviço como língua do Estado, língua oficial (…) Ter o sonho contrário: saber criar um devir-menor”. Assim, a literatura diagnostica os sintomas da “enfermidade” homem e inventa possibilidades de vida, como a filosofia. Não por acaso a literatura ocupa na filosofia de Deleuze tamanha relevância, e está em sintonia com ela.

O curso desse semestre tem como proposta percorrer esses tópicos, mas sempre a partir da matéria literária que Deleuze abordou: Kafka, Artaud, Lawrence, Miller, Beckett, Melville, Whitman, Masoch, Gherasim Luca, Proust, Pessoa, Blanchot. Mas também serão evocados autores brasileiros que Deleuze não chegou a conhecer, e que têm com essa linhagem grande afinidade: Clarice, Guimarães, Oswald– e por que não? também jovens autores contemporâneos que o grupo se dispuser a abordar.

Bibliografia básica:
G. Deleuze, Crítica e clínica, trad. P. Pelbart, São Paulo, Ed. 34, 1997.

Cronograma:
Março 7, 14, 21, 28
Abril 4, 11, 18, 25
Maio 2, 9, 16, 23, 30
Junho 6, 13, 20, 27

Datas: Segundas, 7 de março a 27 de junho/ 2016
Horário: 20h30 – 22h
Duração: 17 encontros
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

 

Vagas limitadas! Garanta já a sua:
atelierpaulista@gmail.com

Arte e Literatura Modernas: Influências Recíprocas | Palestra com Ivan Hegenberg

palestra com ivan hegenberg

ARTE E LITERATURA MODERNAS: INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS
palestra com IVAN HEGENBERG

Salvo exceções, mal se vê no ambiente cultural contemporâneo um diálogo intenso entre artes plásticas e literatura, tal como se notou em outros momentos históricos. É curioso como, em nossa época marcada pela fluidez, pela miscelânea e pela superação de fronteiras, não se constate uma interação muito assídua entre o universo das letras e o das linguagens visuais. O auge da influência entre artistas e escritores parece ter sido o modernismo, se compreendermos o período com amplitude, desde Baudelaire até meados da década de 1950. O simbolismo, o dadaísmo, a Semana de 22, o surrealismo, a arte concreta, entre outras manifestações, tornam artes visuais e literatura tão indissociáveis que nos estimulam a pensar além de categorias fixas. Mais do que uma simples visita ao passado, o resgate do período pretende mostrar como o diálogo entre as artes pode ser rico, não apenas como mera transposição de conteúdos, mas na própria compreensão das formas.

Público­-alvo: artistas, escritores, pesquisadores, professores e interessados em arte e literatura


Entrada franca
Data:
Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Horário: 20h30
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

Vagas limitadas! Inscreva-se:
atelierpaulista@gmail.com


IVAN HEGENBERG

Formado em Artes Plásticas pela USP e mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada, também pela USP. Tem diversos livros de ficção publicados, entre eles Puro Enquanto, em que alterna texto e pinturas. Publicou artigos em sites e revistas especializados, como Cronópios e DASArtes, onde editou o Guia da Bienal da 2010.

Curso: Direção de Arte – Construções Poéticas da Imagem com Carolina Bassi

curso

 

DIREÇÃO DE ARTE – CONSTRUÇÕES POÉTICAS DA IMAGEM
curso com Carolina Bassi

O curso visa apresentar como se dá a poética da construção da imagem numa obra audiovisual, apontando os profissionais envolvidos neste processo – principalmente os da direção e da direção de arte – e suas respectivas responsabilidades.

Para isso, lança mão de algumas obras do diretor Luiz Fernando Carvalho passando por questões plásticas que têm início na própria narrativa e se desenvolvem nas opções de cenário, figurino e caracterização, além da iluminação, do enquadramento e da montagem.

Distribuído em dois encontros, o curso se dedicará, em cada aula, tanto à exposição de conteúdo, quanto à prática de exercícios com os alunos. Esta prática estará voltada a um projeto de criação a partir de um texto dado, que contempla a concepção de um cenário e de três figurinos em croquis, sendo um destes, finalizado tridimensionalmente.

Esta metodologia levará, portanto, os interessados a entenderem o assunto por duas vias – por meio da leitura da construção poética da imagem naquelas obras já concluídas e por meio de um planejamento visual a partir de um texto dado.

Público-alvo: Estudantes de cenografia, figurino, teatro, cinema, rádio e televisão, artes visuais, design e áreas afins

Datas: 18 e 25 de julho de 2015
Dia e horário: Sábados, das 10h às 17h (intervalo de 1h)
Duração: 2 encontros teóricos e práticos
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

Vagas limitadas. Inscrições até 17/07:
atelierpaulista@gmail.com
(11) 3082-9217

Obs.: A confirmação do curso nessa data dependerá de um mínimo de alunos

 

CAROLINA BASSI
Doutora e mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Professora de figurino, cenografia e direção de arte dos cursos de pós graduação do Centro Universitário Belas Artes e da Academia Internacional de Cinema, ambos em São Paulo. Atua como figurinista, cenógrafa, diretora de arte, produtora de arte e objetos em Cinema e em Teatro, desde 2005, tendo em seu currículo dez longas metragens, entre outros trabalhos. Sua relação com o figurino e com a cenografia veio da vontade de investigar, na teoria e na prática, como os recursos visuais constroem as narrativas e os seus personagens, potencializando os seus significados. Interessa-se pela construção poética no âmbito do cinema, da televisão, do teatro, da performance, da fotografia, da literatura e das artes em geral.

GRUPO TECELAGEM
Carolina Bassi integra o time do Grupo Tecelagem, junto a Paulo Williams e Iris Yazbek – um grupo de teatro que tem se desenvolvido em torno de dois eixos de pesquisa: o da literatura e o da imagem.

A literatura se estabelece como ponto de partida para a encenação, a qual se desenvolve unindo práticas do teatro narrativo e do teatro visual na construção de sua poética.

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PROGRAMA

Aula 1 – 18/7 (período da manhã)

Apresentação do curso, conteúdo e metodologia. Estudo de caso sobre o filme de longa metragem “Lavoura Arcaica” (2001). Entendimento da transposição das “paisagens internas” para as imagens. Construção dos personagens – de que forma os recursos visuais de cenário e figurino podem colaborar neste processo? A direção de arte como a integração desses recursos visuais.

Prática: Distribuição de textos literários (contos) para o desenvolvimento do trabalho prático. Faremos um exercício de interpretação do texto em sala.
Aula 2 – 18/7 (período da tarde)

Estudo de caso sobre as minisséries “Os Maias” (2001) e “Capitu” (2005). Ambos escritores pertencem ao movimento realista, mas possuem estilos de escrita bastante distintos. Entendimento do processo de “transcriação” da obra literária para a obra audiovisual, compreendendo a aproximação feita pelo diretor dos estilos dos dois escritores, estabelecendo diferentes linguagens estéticas. Que importância têm o cenário e o figurino neste processo?

Prática: Conversas individuais com os alunos passando pela interpretação feita por cada um dos textos escolhidos e conferindo as pesquisas de referencial imagético proporcionadas por cada aluno. Se possível, iniciar aqui esboços de cenário e personagens (figurino e caracterização).

Aula 3 – 25/7 (período da manhã)

Estudo de caso sobre a minissérie “Afinal o que querem as mulheres” (2010). Hibridismo de linguagens e miscelânea de referências estéticas trabalhando o caráter atemporal desta obra.

Prática: Conversas individuais com os alunos conferindo e comentando o andamento da criação de cenário e personagens (figurino e caracterização). Atribuir paleta para as criações e materiais para os trajes de cena.

Aula 4 – 25/7 (período da tarde)

Estudo de caso sobre a novela “Meu pedacinho de chão” (2014). O diferencial do uso de materiais inusitados, na cenografia e nos figurinos, deslocados de seus usos habituais, criação de novas superfícies.

Prática: Apresentação dos trabalhos desenvolvidos, figurinos finalizados e comentários pormenorizados sobre cada projeto.